Esses dias perguntei para a minha
mãe qual foi a primeira palavra que eu falei, e confesso que esperava uma
resposta poética como papai ou mamãe. Minhas expectativas caíram por
terra quando ela disse: - A sua primeira palavra foi “água”. Meu marido que não vale nada soltou a máxima: - Também
naquele calor de Nova Iguaçú (nasci e morei na baixada fluminense até os 9
anos) era caso de vida ou morte. Realmente, saber pedir água era
importantíssimo, principalmente no verão fluminense.
A história se repete com a Laura,
não, água não foi a primeira palavra dita pela minha pequenininha. Ela foi muito mais arrojada, moderna e
interativa, o primeiro som que saiu de sua boquinha foi “popó”, pois é, fui vencida pela galinha pintadinha, afinal, quando
ela pronuncia o nome da penosa azul, o que ela quer mesmo é que eu coloque o
DVD pra tocar, assim ela pode cantar e dançar, duas coisas que ela adora fazer,
e, eu fico babando, ou melhor, admirando.
Engraçado que quando eu era
garota e tinha o sonho de ser mãe, sempre imaginei que filha minha teria que
falar mamãe primeiro...doce ilusão...nossos filhos já mostram que tem vontades
desde pequenos, e olha que se você pensa que eu não ficava ao lado dela
falando: mamãe, mamãe...engano seu.
Cada um defendendo o seu, meu marido insistia no papai, minha mãe, mandava vovó,
meu pai exigia mais pedindo para ela falar vovô
é meu amor. Pensamos até em fazer um bolão, mas todos sairiam perdedores.
E você mamãe, acredite, não
fiquei decepcionada com derrota para a galinha, fiquei muito feliz ao ver a
Laura se comunicando e, a partir daí, vieram outras palavras, e a cada dia é
maravilhoso ouvir ela pedindo para passear, querendo mamar, avisando que quer
almoçar ou jantar. Bom, mamãe ela só fala quando está em momentos críticos, mas
tudo bem, ela sabe que qualquer coisa que for dita estarei ali acompanhando
cada palavrinha.
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