Quando estamos a espera do nosso pequeno, ainda na barriga, não sabemos o que nos aguarda em cada etapa da vida de mãe. E quando o bebê nasce a gente vive entre altos e baixos, como é a vida mesmo. Cada desafio vencido nos deixa mais fortes.
Em 2017, nós passamos por uma fase muito difícil com a Laura. Ela sempre foi uma menina alegre, comunicativa, e adorava ir pra escola, mas de um dia pro outro se negava a frequentar o colégio, chorava, tremia, suava, se desesperava só de ouvir o nome "escola". Isso ocorreu na quinta-feira, e por causa da aflição dela, não a levei pra escola no dia seguinte. Só, que no fim de semana, nós fomos convidados para duas festas. Não imaginava que o bloqueio que ela tinha, havia se estendido para lugares públicos. Foi muito triste ver minha filha chorando, tremendo, simplesmente desesperada porque não queria entrar na festa, isso quando nós já estávamos na porta do evento. Foi uma noite difícil, ficamos pouco, não curtimos nada.
A partir daí achei a atitude dela preocupante e fomos em busca de profissionais que pudessem nos ajudar. Conversamos na escola, que deu todo apoio, mas precisava de ajuda psicológica. Começamos a terapia, em setembro do ano passado, com o diagnóstico de fobia escolar e ansiedade da separação. Com isso, nos foi recomendado que a Laura não fosse à escola. Ficou meses sem frequentar lugares públicos, tinha medo de tudo, não ia mais ao parquinho e não podia se afastar um instante de mim. Fiquei sugada, exausta, parecia que tinha voltado no tempo. Me senti mãe de um recém-nascido, novamente. A psicóloga nos aconselhou que ela voltasse ao ambiente escolar, somente em 2018.
O ano novo começou e confesso que fiquei tensa, ela voltar a estudar me deixava preocupada como ela reagiria. A adaptação foi difícil e demorada, mas hoje, 5 de abril de 2018, posso dizer que Laurinha está indo muito bem. Enfrentou os medos, foi em frente, está adorando a terapia.
Mais uma etapa vencida.
Que venham os próximos desafios, que a gente mata no "peito" e faz gol!
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