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Adaptação da Escola

Esse texto eu escrevi no início do ano passado! Mas, como tenho costume de escrever à mão demorei para passá-lo para o computador. Bom, mas o assunto está super atual. Muitas mães estão preocupadas com a adaptação do filho na escola. Tudo que é novidade nos deixa nervosos, mas com a ajuda da escola e com paciência a gente chega lá!
Que você tenha sabedoria para enfrentar o choro do seu pequeno. Vai dar tudo certo!

"Esse ano eu e meu marido decidimos que estava na hora da Laurinha ir para a escola. Ela completa 3 anos em abril e já dava sinais que estava entediada de ficar em casa só comigo, a alegria dela era ir para um parquinho cheio de crianças. Por sorte, uma amiga do Bruno abriu uma escola na nossa rua esse ano. Então, foi mais um indício que seria a melhor coisa para ela. Pensando em como seria a adaptação resolvemos colocá-la no final do ano passado na colônia de férias. Confesso que no primeiro dia eu fiquei nervosa só de pensar na reação da Laura, mas para meu espanto ou alegria ela me deu tchau e foi direto para o parquinho. Isso, se repetiu na colônia de férias de janeiro e, então, eu achei que não passaria por aquela choradeira que a maioria das mães tanto sofre.
Porém, foi no início das aulas que a Laura, não sei porque, decidiu regredir. Começou a chorar, ficar nervosa e não queria que eu fosse embora. Por duas semanas eu a levava pra escola e quando ela distraia eu sumia, como num passe de mágica. Veio o carnaval e ela ficou uma semana sem ir para escola e no retorno eu ainda estava com o coração apertado, porque sabia que quando eu fosse embora ela chorava, tudo bem, a tia falava que ela logo parava, mas a gente não quer ver o filho chorando pela nossa ausência. Então, depois de conversar muito com ela e explicar que a mamãe iria voltar para buscá-la e com a ajuda da escola, decidi que iria deixá-la e me despedir, mesmo com ela fazendo o maior escândalo.
E assim foi feito no retorno após o carnaval. Na segunda-feira eu sai da sala de aula com ela aos berros.  Fiquei pensando: “Será que ela vai me odiar? Será que ela realmente acha que não volto? Depois de me convencer que o amor não havia acabado, me mantive firme e me despedia dela com o coração na mão e quando voltava para buscá-la, me alegrava ao ver aquele sorriso lindo vindo em minha direção.

Hoje, quinta-feira, para minha alegria fui deixar Laurinha na escola já preparada para mais um dia de choro, mas para minha satisfação ela entrou na sala, me deu um beijinho e eu disse que voltava. Ela fez que sim com a cabeça e ficou quietinha. Saí com a sensação de dever cumprido, que esses dias que eu a deixei chorando não foram em vão e que sempre expliquei que voltava para encontrar com ela. Sei que esse só foi o primeiro dia, que podem haver recaídas, mas foi mais um passo para uma nova conquista da minha filha.

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