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Todo dia é dia das mães

Confesso, quanto mais passa o tempo, mais tempo a Laura pede. Escrevi esse texto em homenagem ao dia das mães e publiquei em outro site que eu escrevo, mas decidi colocar aqui no Blog porque me emociono com a maternidade e acho que ele resume bem a minha nova vida de mãe, e como todo mundo diz, O DIA DAS MÃES É TODO DIA!!!
Testemunha de Vida
Atualmente todo mundo quer ficar para a história, marcar época, isso se deu ao poder da internet e ao avanço das redes sociais. Com essas ferramentas todos nós podemos mostrar quem somos, dividir nossas histórias, opiniões, amores. Estar em “alta” virou moda, e por isso buscamos testemunhas para nossa história. Acontece que não há outra pessoa para testemunhar melhor a nossa trajetória do que nossa mãe. Prova disso é Maria, que foi a maior testemunha da vida de Jesus, desde o seu nascimento até sua morte.
Com a proximidade do dia das mães, eu estava recordando a história da Laura nesse primeiro ano de vida. Confesso que nesta data no ano passado, ela estava com menos de 1 mês de vida, e eu ainda atordoada da cirurgia, não curti muito. Agora, eu já estou aproveitando mais e tenho mais histórias pra contar.
Foi por causa da Laura que me tornei mãe, foi por ela que os meus dias foram totalmente modificados, e minha vida se voltou completamente para cuidar de outra vida. Nossos laços começaram muito antes dela nascer. Eu a vi crescer na minha barriga, sentia cada movimento, e também sofri com as mudanças no meu corpo. Quando ela nasceu acompanhei ansiosamente os primeiros dias de vida. Estive com ela em todas as consultas ao médico, quando ela furou a orelha, o primeiro banho, ri das gracinhas dela, sofri com as suas cólicas. Com o passar dos meses ela foi ficando mais esperta, começou a tomar suco, comer frutas, aprendeu a sentar, rolar, engatinhar e agora está prestes a andar. Até hoje fui testemunha de todas as suas fases, e isso me emociona.
Ser mãe é poder acompanhar uma vida de pertinho desde o seu início, é ajudar a formar outra pessoa, ser responsável pelas primeiras conquistas e perdas deles, com certeza, é ter o coração batendo fora do seu corpo. É uma loucura pensar que acompanhamos todos os passos de uma outra pessoa, afinal, não lembramos de grande parte da nossa infância, não sabemos de muitas coisas que aconteceram com a própria vida. Nós somos as verdadeiras testemunhas da vida dos nossos filhos. Com o passar do tempo, quando nossas crianças já forem adultas, seremos nós a ponte que vai ligar ao passado deles. Não importa o que eles queiram mostrar ou aparentar nós teremos as histórias genuínas da vida dos nossos filhos.

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