Hoje fui ao Inca - Instituto Nacional do Câncer - com o Bruno, porque ele mesmo curado do câncer ainda tem consultas de rotina, e na fila para entrar eu comecei a observar as crianças que chegavam para suas consultas. Ao ver aqueles meninos e meninas passando por esse problema é claro que dá uma angústia no peito, mas me atentei às mães daqueles pequenos, aí meu coração apertou. Cada um com a sua história, seus dramas e limitações. Quando estamos grávidas criamos expectativas e esperamos que o nosso filho cresça saudável, mas nem sempre a vida corre como sonhamos. Ao ver as crianças com câncer, ainda em fase de tratamento, tão frágeis, magras, carecas e algumas com sequelas, fico imaginando a dor daquela mãe. E então fiquei pensando que se eu, com a minha Laurinha, tenho uma dedicação 24 horas por dia, imagina aquelas mães? Meu Deus, quanto amor! São dias, meses e até anos, naquele hospital. É necessário abrir mão de tudo que a gente sonhou para nossas vidas, para naquele momento ...
por Daniele Moreira